Panamá
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Conheça o Panamá
Mais conhecido pelo canal que empresta nome, o Panamá é um pequeno país cujo maior patrimônio é sua geografia particularmente privilegiada: está no umbigo das Américas, liga o norte e o sul do continente, e permite a passagem das águas mornas do Caribe para o mar bravo do Pacífico. Tal vocação não poderia resultar senão numa das mais cobiçadas porções de terra de todo o continente americano, que muito cedo despertou interesse dos mais poderosos povos. Conviveu 85 anos com tropas do Exército norte-americano, que guardavam o canal. O Panamá é hoje o país mais internacionalizado da América Latina, segundo o Índice de Globalizacão das Nações Unidas. Adota o dólar como moeda corrente, o inglês é falado nas ruas e tem gente de todo o mundo chegando e partindo de seus portos, rodovias e aeroportos.
É também um dos países mais prósperos e que mais cresce no sofrido subcontinente latino-americano. Tem apenas 2,8 milhões de habitantes. Desde a deposição do ditador Manuel Noriega, em 1989, não tem mais Forças Armadas. O canal sozinho já chegou a representar 14% do PIB anual do Panamá nos anos 80, mas hoje rende pouco mais de 6%. O país aposta agora em seu potencial turístico, no ecoturismo e na prática de esportes radicais como fonte de renda. Em 2003, por exemplo, trouxe o concurso Miss Universo para a Cidade do Panamá. É estimado que o setor já some 10% do PIB (Produto Interno Bruto). Entre as atrações, o Panamá dispõe as águas mornas e transparentes do Mar do Caribe, paraíso dos mergulhadores, cruzeiros luxuosos e dos esportes aquáticos. As praias do Caribe têm as areias mais brancas e os resorts mais procurados do país. Portobello e Isla Grande são as mais famosas. A mais procurada para o surfe é Santa Catalina. Pouco mais de 80 quilômetros do Atlântico –ou uma hora de distância– é possível se chegar até a costa do Pacífico, onde o mar revolto tanto agrada aos surfistas.
Turismo cinco estrelas
Para explorar o potencial do turismo, o Panamá colocou à disposição a infra-estrutura herdada durante os 85 anos de dominação norte-americana e transformou as vilas militares em hotéis de alto padrão. É o caso da antiga Escola das Américas, onde os ditadores latino-americanos recebiam treinamento, que hoje abriga o Meliá de Colón. Em seu prédio, nenhum sinal do passado sombrio. Outra atração do tipo é o hotel Gamboa Rain Forest, que fica dentro do parque nacional Soberania, de 5.500 hectares, 340 deles ocupados pelo hotel, no qual foram investidos US$ 25 milhões. Em meio a uma floresta tropical que abriga mais de 700 espécies de pássaros, o hotel transforma os índios em atração: os turistas podem visitar uma aldeia e assistir demonstrações dos costumes e rituais das tribos locais. O governo do Panamá quer atrair 2 milhões de visitantes anuais –ou cerca de 650 navios de cruzeiro aos quatro novos terminais instalados nas costas do Atlântico e do Pacífico, que custaram cerca de US$ 60 milhões. Além da visita a uma reserva indígena, o país conta com uma natureza exuberante, compras em lojas “duty-free”, o passeio em uma ferrovia do século 19, sem falar no próprio Canal, cuja visita é uma experiência de interesse turístico e cultural à parte. Visita ao Canal Considerado pelos panamenhos como uma das maravilhas do mundo, o Canal do Panamá é uma obra de engenharia que impressiona tanto pela extensão, como pelo seu mecanismo de funcionamento. Em uma rápida visita, não se demora para descobrir porque o imenso projeto demorou dez anos para ser concluído pelos americanos. Cada ano, cerca de mil embarcações cruzam seus 79,6 km de extensão, que possuem três sistemas de eclusas –Gatún, Pedro Miguel e Miraflores. As eclusas servem para subir ou descer em etapas os navios, já que o canal está 26 metros acima do nível do mar. Na eclusa de Miraflores, em área reservada para visitantes, os turistas têm a oportunidade de ver de perto os enormes transatlânticos em operação.
Quando ir:
A Cidade do Panamá tem, basicamente, duas estações: chuvosa e seca. A estação seca vai de meados de dezembro até março e a estação chuvosa, de abril a novembro – às vezes, até dezembro
Se a viagem é voltada para compras, os meses em que há troca de coleção nas lojas (janeiro, fevereiro, julho e agosto) são indicados para viajar. Festas e eventos ocorrem durante todo o ano na cidade, há espetáculos estrangeiros e festas religiosas, com destaque para o Carnaval, festejado durante quatro dias.